sábado, 14 de janeiro de 2012

VIAGEM AO VELHO MUNDO EM 20 DIAS - Capítulo IV


Nápoles - Itália

NÁPOLES: TRADIÇÃO EM PIZZAS, VINHOS, PAPAS E MÁFIA

Deixamos a tranquilidade de Pompéia e seguimos direto para o centro da máfia italiana. Nápoles é uma cidade de origem grega, que foi conquistada pelos romanos durante as guerras travadas no século IV a.C. invadida e dominada várias vezes durante os séculos seguintes, apenas em 1861 foi anexada ao reino da Itália. Nos dias atuais é considerada a terceira maior cidade italiana, possuindo uma população estimada em mais de cinco milhões de habitantes. Mundialmente conhecida como a terra da pizza, tem também a reputação de cidade mais violenta e perigosa da Europa devido à taxa de pobreza que atinge 32% da população, além das elevadas taxas de criminalidade e desemprego. Devido às guerras entre os clãs da máfia local, a Camorra, Nápoles tem registrado anualmente centenas de mortes e cenas de violência dignas dos filmes de cinema, no melhor estilo “O Poderoso Chefão”.

Centro Histórico de Nápoles
Andar pelas ruas da cidade se constitui um verdadeiro desafio para o estrangeiro desavisado. O transito no centro é extremamente congestionado devido ao grande fluxo de veículos em ruas estreitas. Além de atenção redobrada será preciso muita destreza por parte do condutor a fim de evitar colisões e acidentes. Na verdade o transito de Nápoles parece se constitui em uma terra sem lei. Estaciona-se em qualquer canto, calçadas, ruas movimentadas, locais públicos ou mesmo nas faixas para pedestres. Neste sentido não será raro encontrar veículos abandonados em avenidas movimentas, formando filas duplas e/ou em sentido contrário. A agitação percebida parece nos sinalizar que os napolitanos vivem com pressa. Em determinas situações as calçadas perecem se constitui como grandes locais de perigo, uma vez que comumente também servem como vias para os veículos. O pouco tempo em Nápoles não fundamentaria uma maior análise sobre o critério educação, desta forma, prefiro dizer que os nativos apresentam uma cultura singular e própria, que logicamente contraria conceitos e regras universais.


Vesúvio e as Cidades de Pompéia e Herculano

Do ponto mais alto da cidade, que se chega depois de horas devido às loucuras do transito local, avista-se o Golfo de Nápoles. Ao longe surgem as cidades de Herculano e Pompéia que se estendem aos pés do grandioso e emblemático vulcão Vesúvio que parece se abrir aos céus. Repleta de monumentos históricos a cidade parece tranquila, apesar dos constantes avisos sobre a ação dos “carteiristas”. A terra dos papas Bonifácio V, Urbano VI, Bonifácio IX, Paulo IV e Inocêncio XII revela-se como grande celeiro da diversidade e segregação étnica e cultural. Neste aspecto, o centro comercial mostra-se como excelente exemplo, onde famosas lojas competem com camelôs, normalmente imigrantes ou clandestinos que encontram nas ruas a melhor forma para garantir a sobrevivência. Das ruas centrais derivam vários becos por onde pequenas lojas se espalham com grande variedade de artigos. A impressão que se tem é que em Nápoles tudo se compra e tudo se vende. Assim, o comercio também parece definir as divisões de classe, onde os brancos estão nas lojas de departamentos ou em pequenos estabelecimentos apropriadamente aquecidos e confortáveis, enquanto que aos negros restam as ruas extremamente frias e desprotegidas.
 
Centro Comercial
Não se passa em Nápoles sem experimentar suas tradicionais pizzas. Pequenos e aconchegantes restaurantes se espalham pelas ruas. No Totó Pizzeria Sapore, por exemplo, a preços bem modestos pode-se provar da original culinária italiana. Para os mais exigentes aconselha-se  desconsiderar o prato de entrada, pequenos bolinhos de queijo acompanhados de pequenos cubos de frango cozido, enrolados em um grande cone de papel madeira. A primazia fica realmente por conta das pizzas. Enormes, a ponto de transbordar nos pratos, em nada se comparam com as nossas pizzas brasileiras. De massa fina e crocante, recheadas com molho de tomate e especiarias local, deixam sem dúvida alguma a boca cheia d’água. Para acompanhar, um bom e tradicional vinho branco, ou um capuchino quente nos bangalôs externos [logicamente protegidos do frio pelos famosos aquecedores a gás] completará a cena que com certeza se tornará inesquecível aos mais românticos.

Pizzeria Totó - Centro de Nápoles




O Romantismo da Tradição

A Impressionante Magnitude do Vesúvio


Próxima parada, Florença!








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