segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010 - A MALFADADA CAMPANHA DO PÂNICO


















Florianópolis/SC, 2008

SEM MEDO DE CRESCER FELIZ

Muito já tem se falado sobre o nível da campanha eleitoral para presidente da república. E muito também já se disse que o quadro hoje não difere muito, em estratégias eleitoreiras, das campanhas anteriores. Em 2002, o PSDB, através do então candidato José Serra (o mesmo que agora volta a se esconder sob a pele de cordeirinho) iniciou no país um estilo de campanha agressiva que objetivava unicamente despertar o pânico em uma população desinformada. Era a campanha do medo, que teve como principal representante a eterna “namoradinha do Brasil”, a atriz Regina Duarte. E neste sentido, saliento que se a mesma já não convence o grande público enquanto atriz imagina como cabo eleitoral. Mas, opiniões a parte, torna-se importante relembrar que seu discurso (dito ideológico) se baseava no medo pela “volta da hiperinflação e por temer perder as coisas que já se tinha conquistado”. Mas ela mesma esqueceu de falar sobre quais coisas imaginava que o povo brasileiro havia conquistado. Apesar da polêmica causada, seu posicionamento equivocado e burguês serviu apenas como base para que a “esperança vencesse o medo”. Fomos para o segundo turno, o Lula foi eleito e o Brasil começou a mudar.

Em 2006, o mesmo partido voltou a se utilizar da mesma estratégia. Fomos novamente para o segundo turno e o Lula derrotou junto ao povo o Geraldo Alckmin (eleito governador de São Paulo, no ultimo dia 03 de outubro). O país seguiu no processo de mudanças e hoje se consolidou internacionalmente como uma das grandes promessas enquanto potência econômica mundial. Saímos da condição de devedores para credores. Pagamos a divida externa e nos livramos do Fundo Monetário Internacional – FMI. Construímos o maior número de universidades federais de toda a história. Possibilitamos o acesso de mais de 700.000 estudantes em universidade e faculdades pelo país a fora. Implantamos escolas técnicas e investimos na qualificação profissional dos jovens. Retiramos milhares de pessoas da miséria. Investimos em políticas públicas e programas sociais beneficiando a população de baixa renda. Implantamos uma Política Nacional de Assistência Social (PNAS, 2004), possibilitando a garantia de direitos e condições de vida mais igualitária. Geramos milhões de empregos. Tornamos mais justa e igualitária a divisão de renda. Crescemos em tecnologia e desenvolvimento econômico sustentável. Eliminamos a inflação, e acima de tudo, colocamos comida na boca do povo. Assim, o governo do “sapo barbudo” (apelido cariosamente criado pelos opositores terroristas) representa antes de tudo, dignidade cidadã e respeito social.

Talvez tenha sido este o medo sentido pela Regina Duarte e seus aliados. Para quem sempre viveu da imagem, produto alienante da ditadura criado para personificar milhares de mocinhas indefesas e submissas as regras e normas falso-moralistas do período militar, provavelmente a concepção de medo tenha outro sentido e configuração. E penso que se a mesma vivesse sob o sol escaldante que elimina lavouras e racha a terra, talvez sentisse medo da fome e da miséria. Ou ainda, se não tivesse emprego garantido e por isso precisasse recorrer às longas filas de espera por atendimento médico, talvez sentisse medo da dor. Se não tivesse como sustentar seus filhos, com certeza temeria a ausência de perspectiva e de futuro. Mas as tantas “reginas” do Brasil burguês temem pela perda das coisas conquistadas por elas próprias, ao longo dos seus bem sucedidos anos de vida. Coisas essas inviáveis a maioria da população. Por isso, gostaria muito, que ela então pudesse voltar ao guia eleitoral para falar de seus medos atuais.

Será que o medo a que se referem os seguidores da campanha do pânico se estende ao receio que sentem por dividirem a comida com os pobres? Ou será medo em dividir espaços e acessos de forma mais igualitária entre as classes sociais? Talvez esse mesmo pânico se justifique pela elevação da conscientização popular em relação a seus direitos enquanto sujeitos e cidadãos. Da mesma forma, teme-se ainda a elevação da auto-estima de um povo, que depois de décadas consegue bater no peito e dizer que tem orgulho de ser brasileiro por entender que o Brasil é um país viável. Teme-se também que as mulheres assumam o poder e que assim se pratique a equidade de gênero, bem como, receia-se o fim de uma política sectarista que divide e subjuga populações.

A namoradinha do Brasil, em nome de seus seguidores patrocinadores, temia que o Brasil com Lula perdesse toda a estabilidade tão duramente conquistada. Errou ela e enganaram-se os que apostaram na incapacidade do “metalúrgico analfabeto”. Se recorressem aos dados e estatísticas oficiais sobre os indicadores de desenvolvimento, verificariam claramente que hoje se estima um crescimento econômico médio em torno de 5,7% ao ano para o período de 2010 a 2014, o que representa o triplo de crescimento registrado no segundo mandato de Fernando Henrique (1,7% ao ano no período de 1998 a 2002). Constatariam também que os dados relativos aos resultados do Governo Lula mostram uma acentuada queda da pobreza, bem como a crescente inclusão dos mais pobres nos segmentos de maior renda. Isso significa que a classe média continuará se expandindo nos próximos anos, ao passo que se estima que a classe C, até o final de 2010, crescerá cerca de 21,5%.

Assim torna-se fácil e possível perceber que esses números evidenciam o retrato da mudança social pelo qual o país vem passando, respaldado por dados concretos que mostram que desde 2002, cerca de 25 milhões de brasileiros foram incluídos no meio da pirâmide social. E isto é resultado dos altos investimentos em políticas públicas de inclusão social, educação e saúde de qualidade e qualificação profissional. Antes de qualquer coisa, esses dados nada mais são do que o reflexo das condições favoráveis da economia voltadas às camadas de menor renda seja através do aumento real do salário mínimo, do controle da inflação, da geração de empregos ou da criação e implementação de benefícios sociais, como o bolsa família.

É dessa forma que se transforma uma nação, proporcionando condições de vida e dignidade ao povo. Este é o país que desejo para o futuro. Não só o meu, mas o seu, o de meus sobrinhos, dos seus filhos e netos, e de todos os filhos e netos de todos os brasileiros e brasileiras. Por isso voto na Dilma, sem medo e por convicção. Não por um pedido do Lula, mas por discernimento e posicionamento político pessoal. E por entender que ela representa a possibilidade concreta de continuidade do crescimento econômico e do desenvolvimento pessoal do povo brasileiro.

Acredito que aos seguidores e praticantes da síndrome do medo resta a certeza de um novo fracasso eleitoral, pois que dúvidas se esclarecem com argumentos quantitativos e qualitativos claros, precisos e passíveis de análise comprobatória. É preciso entender que campanhas baseadas na difamação de uma mulher séria e profissional competente, é no mínimo uma postura imoral e reacionária. É além de tudo antipolítica e antiética. E não digo que no atual governo inexista corrupção e favorecimentos através do trafico de influencias e do nepotismo. Isso é resultante de nossa cultura e ética moral. Mas o que não se pode negar é que apesar dessas nossas mazelas que cultivamos como sinônimo de esperteza e sabedoria, pois que gostamos de lavar vantagem em tudo (alguém lembra da lei do Gerson? Já falei disso anteriormente), hoje o Brasil é outro país. Estamos mais conscientes e exigimos justiça. Fora isso, como diz a sabedoria popular, “um sujo nunca pode falar de um mal lavado”. Assim, talvez antes de acusar, a oposição devesse melhor explicar o escândalo envolvendo o Paulo Preto. Resumindo, é sempre bom lembrar que “quem tem teto de vidro, nunca deve jogar pedra no telhado alheio”.

Independente das trocas de acusações partidárias, mas me pautando em resultados, claramente perceptíveis no cotidiano do povo, é que nesta eleição eu votarei “sem medo de ser feliz”. Assim, por convicção eu voto Dilma, voto 13. E tenho certeza que juntos seremos mais que isso, pois que seremos milhões de brasileiros unidos a favor do crescimento e do desenvolvimento de nossa gente.



Fonte: Ministério da Fazenda (BRASIL, 2010)

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