DEFINITIVAMENTE OS POLÍTICOS NÃO ME REPRESENTAM!
Já temos nosso primeiro
presidiário de luxo, para quem continuaremos pagando salários e regalias! É o
Deputado Natan Donadon, condenado pelo Supremo Tribunal Federal – STF a 13 anos
e 04 meses de prisão por peculato e formação de quadrilha. Destaca-se que Peculato
se configura como crime cometido por servidor público contra a União. Neste
caso, o magistral deputado foi acusado e condenado em 2011 por integrar uma
quadrilha que desviou a singela bagatela de R$ 8 milhões e 400 mil da Assembleia
Legislativa de Rondônia, estado que o elegeu pela terceira vez como
representante do povo. Depois de fugir e se esconder da polícia federal, o
então gatuno resolveu se entregar, exigindo julgamento justo. Ontem teve
aprovada pela Câmara dos Deputados a manutenção de seu mandato como
parlamentar. Isso significa que manterá seus direitos garantidos enquanto
cumpre pena no Complexo Penitenciário da Papuda. Em outras palavras, nosso mais
ilustre larápio continuará tendo direito ao salário, verba de gabinete,
apartamento funcional, plano de saúde e demais regalias, que logicamente são
pagos com o dinheiro de nossos impostos.
A medida inusitada e inédita, que
contraria a determinação do Supremo Tribunal Federal, símbolo máximo da justiça
brasileira, evidencia de vez o caráter duvidoso, a ineficiência, o
corporativismo e a total ausência de ética e compromisso político de nossos
ilustres parlamentares. Definitivamente a Câmara dos Deputados deu sinais mais
que claros de que não representa os desejos, e muito menos as vontades do povo,
mas ao contrário legislam em causa própria. Esta é sem dúvida alguma a maior e a
mais escrachada e nociva demonstração do tamanho da falta de vergonha na cara
por parte de nossos representantes. Revela a postura corrupta dos nossos políticos,
que eleitos pelo voto direto se tornam usurpadores com status de homens de bem.
Dos 470 deputados que registraram
presença ontem na Câmara, apenas 459 estiveram no plenário. Destes, 11 simplesmente
não compareceram a votação, dos quais 10 representam o Partido dos
Trabalhadores – PT. Do total de deputados presentes, somente 405 votaram o
pedido de cassação de Natan Donadon, porém 04 apelaram para a obstrução do
voto, fazendo com que os mesmos não fossem computados, entre os quais o
deputado pernambucano Pedro Eugênio, do PT, como noticiaram os jornais. Fora
isso, “100 deputados se negaram categoricamente a cassar qualquer deputado e
criticam o STF por ter mandado para prisão um de seus pares” (Diário de
Pernambuco, 30.08.2013).
É a imoralidade consolidada como
cultura. A artimanha logicamente tem como propósito abrir espaço para a
manutenção dos cargos dos envolvidos no esquema do mensalão. Prolongaremos assim
a lista de ladroes privilegiados. Como disse o Arnaldo Jabor, criaremos uma
nova categoria de presidiários bem mais caros: os deputados condenados (Jornal
da Globo, 29.08.2013). O que o caso Donadon revela nacionalmente é a prática
politiqueira que assola o país, onde quadrilha defende quadrilha em nome da
garantia da manutenção do poder. É o evidenciar da pratica mais que corriqueira
dos corruptos de colarinho e gravata que se elevam acima da lei e que estão
peidando para o que o povo acha ou pensa sobre suas ações e posturas. Enquanto o
Governo de Pernambuco, arbitrariamente, exige que os manifestantes dos
protestos de rua retirem as máscaras e revelem suas identidades, nossos
parlamentares se escondem atrás de recursos, subterfúgios e objetivos escusos
que depõem contra a democracia. A transparência solicitada nas manifestações
populares não é a mesma exigida no exercício dos cargos públicos. Logo, quais
as verdadeiras máscaras que devem cair? Um deputado que impugna seu voto não
age de forma tão sorrateira e duvidosa quanto quem se esconde atrás de uma
máscara para atacar o patrimônio público? Votar a favor do mandato, e
consequentemente da manutenção dos direitos, de um criminoso que lesou os
cofres públicos não é também um ato de vandalismo? Manter corruptos no poder
não é atacar o patrimônio público? Então do que estamos realmente falando?
Fato é que a desmoralização tomou
conta de nossa política. No cenário de escândalos a que aparentemente nos
acostumamos Donadon não parece mais corrupto que os demais parlamentares que
riram da cara do povo ontem. Isso tudo é lamentável. Uma verdadeira lástima. Até
porque confirma o que popularmente já se sabe: lugar de criminoso não é só na
cadeia, mas também na política. Definitivamente escancaramos aos quatro cantos
a depravação e a desmoralização como pratica da política nacional. Apesar das
pressões populares a favor da transparência e da legalidade os políticos se
mostram íntegros a seus princípios e caráter duvidosos, o que revela que a
situação é pior do que se imagina. Revelam-se como parasitas sanguinários,
capazes de se alimentar da miséria humana. Assim a prática da corrupção não se
revela simplesmente como falha de conduta, mas principalmente como desvio moral
da personalidade. Para nós pobres humanos que ainda mantemos um pouco de
sanidade é extremamente difícil, e por que não dizer impossível, conceber que
um bandido exerça um cargo público. Manter um criminoso no cargo de deputado é
consolidar a marginalidade como prática eficaz e de sucesso. Quem disse que o
crime não compensa? Eis a prova! Talvez os políticos estejam loucos. Talvez estejamos
todos sofrendo de um surto coletivo e degenerativo que corrói paulatinamente nossos
mais profundos princípios de civilidade e valores éticos e de cidadania. Quem
sabe? Só sei que na conjuntura atual, posso afirma de forma plenamente consciente
que nenhum político me representa! EXIJO MUDANÇAS URGENTES! EU VOTO NULO!