SETE É CONTA DE MENTIROSO.
Primeiro gol, tristeza. Presságio
de um jogo difícil. Segundo gol, surpresa. Silenciaram-se as ruas. Teríamos
chances? A dúvida estampava rostos. Terceiro gol, incredulidade. O desalento
aflorou as primeiras lágrimas. Quarto gol, derrota confirmada. Desilusão,
frustração e abatimento. Quinto gol. Aquilo era indigno e causava confusão. Um
massacre histórico diante de olhos estarrecidos. O amargor da derrota causou
dor e sofrimento. Fomos abatidos impiedosamente em público, desonrados. A nação
sentiu-se inerte, indefesa, fragilizada, perplexa diante da catástrofe.
Esvaziaram-se as ruas. Torcedores acuados, calados, caminharam como sem rumo
certo. O grito estrangulado incomodou e apagou os sorrisos. Que sensação
estranha, inexplicável. Era um misto de dor com desamparo e sentimento de
vazio.
Sexto gol. A vergonha virou piada
de bar. Sétimo gol. Conta de mentiroso. E a mentira maior era nossa. Nunca
tivemos verdadeiramente grandes chances. Sofremos com os patos mortos,
apostamos forças, investimos pesado na emoção e redescobrimos a crença insana e
utópica que nos transforma no país do futebol. O primeiro e único gol do Brasil
contra a fortaleza alemã soou como espasmo de um paciente terminal. Livramos a
buchuda em sinal de agonia antes de cerrar os olhos. A certeza de não sermos
suficientemente fortes como pretendíamos, ou tentaram nos convencer, nos provocou
a sensação de impotência. Fomos lubridiados por uma seleção milionária, moleque,
ou pela mídia maquiavélica?
Não importa as respostas ou
justificativas sobre o fracasso. Saber perder é parte do jogo, revela sabedoria
e superioridade. Mas perder feio desse jeito é indigno. Sete eram os jogos para
o campeonato. Sete foram os gols! Sete é conta de mentiroso! Simplesmente inaceitável!
Terceiro lugar é consolo para tolo. Não somos os melhores do mundo, e uma
pretensa vitória sobre a Argentina sábado não aliviará nossa frustração. Para mim
a Copa Acabou ontem com a merecida vitória da Alemanha. Vou voltar a pensar e
refletir sobre a Eleição que se aproxima para não ser ludibriado novamente. Até
porque de engodo já estamos fartos. Mais importante do que torcer por uma
seleção é escolher de forma consciente um postulante a Presidência da
República. E isso sim, nos faz brasileiros. Até porque o orgulho ou vergonha
que sentiremos pelos próximos quatro anos dependerá única e exclusivamente de
cada um de nós. Assim, vamos investir energia no que realmente interessa. Os jogadores,
patrocinadores e cartolas da Copa já estão com o futuro garantido. Agora é hora
de garantirmos o nosso.
Eleições 2014. Mostra tua força
Brasil.
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